Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2011

Há histórias que se fecham a cadeado

Por vezes invejo aquelas pessoas que fazem da sua vida um livro aberto. Mas só um bocadinho. Não me fazia mal nenhum ter umas quantas páginas soltas. Mas não, as páginas do meu livro estão fechadas e é a cadeado. Por vezes deixo que peguem na chave e o abram, mas apenas por momentos. Os fantasmas do passado vivem, acorrentados nos poros do meu corpo, e eu não faço nada para o evitar. Não tenho controlo em mim, quanto mais controlá-los. Chego a sentir-me uma estranha em mim, a patinar de um lado para o outro, e a derrapar aqui e ali. O medo persegue-me diariamente, por caminhos sinuosos e outros nem tanto, mas ele persegue-me e eu tento sempre esconder-me dele. Estou num buraco só meu, e mais ninguém me vê la. Porquê? Já cantava o Angélico "Ela é...um segredo fundo do mar".

Ama como um cacto

Vem, vamos brincar de amor, que esta vida é demasiado séria para ti. Vamos embalar o mundo como se de um bébé se tratasse, vamos cantar-lhe lindas melodias, fazer-lhe festinhas no rosto e amá-lo, mesmo quando ele nos aflige e não nos deixa dormir de noite. Vamos sorrir e cantar-lhe, mais uma vez. Sempre que pudermos, dar todo o nosso amor, e, quando em troca recebemos o mais sincero e puro sorriso, é como se de repente tudo valesse a pena. Vamos brincar, temos tempo, que a vida deve ser sempre criança, se crianças formos nós. Vamos sorrir, vamos rir, muito, vamos fazer de conta que somos aquilo que já fingimos ser. Olha com esse teu jeito doce de criança, pensa com a pureza e genuinidade de quem não conhece a maldade, age com espontaneidade. Dá-me a mão e juntos vamos saltar, como quem salta de pedra em pedra, para não pisar a água fria do rio, vamos fugir do mal e abraçar o mundo com os braços cheios de vida. Vamos correr com o vento e dançar com a chuva, atravessar o sol e escorre