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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2016

Scratching myself

Apetece-me gritar aos quatro cantos do mundo, ou aos mil, aos milhões, o que for, apenas preciso de gritar, explodir, evaporar cada partícula desta coisa que não tenho sequer nome a dar. Esta coisa que me corrói por dentro, que me desfaz lentamente, que me tira a fome, que me faz querer sucumbir. Já fui feliz e nem sabia...

Nobody else above you

De repente é como se andasses em bicos de pés num chão cheio de vidros. É como se jogasses à roleta russa com a arma carregada. Tens receio de dar o passo seguinte para não ires ao ar. Mas também não podes ficar parada. Fodasse, merda, não podíamos simplesmente esquecer isto tudo? É que nem sabes a falta que me fazes. Preciso de mim, mas preciso ainda mais de ti.

Can you come back?

Funciono tipo marioneta. Levanto-me à mesma hora, despacho-me, pego no carro e vou à minha vida. Sorrio, aceno e dou os bons dias a quem partilha comigo o mesmo espaço de trabalho. Sorrio como se um invisível fio estivesse ligado aos meus músculos faciais. Os olhos esses, continuam fundos e vazios. Baços e sem expressão. O inverno veio mais cedo, a tempestade instalou-se, a chuva cai incessante. É inferno, aqui. Quando é que me vens buscar?

"So sick of this lonely air"

Hoje pensei que te tinha visto. Num corredor, no elevador, sentado no café... Hoje estavas em todo o lado, e o meu coração quase que me saltava pela boca quando eu pensava que te tinha visto. Mas era impossível, nunca poderias ser tu, apenas na minha cabeça é que todos são tu, mas tu não és nenhum deles. E é como se me dessem um murro no estômago, ao aperceber-me que agora só existes pintado na minha imaginação.. Agora, quem vou chatear? Diz-me, por favor. Com quem vou partilhar a minha vida? Ou melhor, com quem vou viver a vida?

Time is killing you

Acordei e tive medo do tempo. Aliás, tive medo de tudo o que viria pela frente. Tive medo que o tempo te fizesse ver que a tua vida era melhor longe de mim, ou que havia por aí outras pessoas melhores que eu, ou que tivesses a certeza de que tinhas feito a melhor escolha. Acordei com a garganta seca, os olhos quase colados com restos de maquilhagem mal tirada, à mistura com água salgada que verti até adormecer. Agora, sabia que iria sentir o sufoco durante todo o dia, sabia que tinha desesperadamente de fazer algo. Sentia-me como uma criança que perde os pais num parque de diversões. O tique-taque do relógio não jogava a meu favor, e, neste momento, o tempo era o meu pior inimigo. Num impulso quis dizer tudo o que me ia nesse sítio a que chamam alma. Eu acho que já não a tenho. As palavras estão em cada poro do meu corpo, entaladas, à espera de um sopro de impulsividade. Mas tenho de me manter consciente, agarrada a uma réstia de sanidade. Hoje perguntaram-me o que significa a minha