Somos a geração da mega drive, da Sega Saturno, do game boy do tamanho de um tijolo, de jogar ao berlinde e fazer covinhas no chão, de jogar ao peão, de brincar com o iô-iô e de ter um arco Hulla Hop, de acordar aos Sábados de manhã para ver o "buérere" com a Ana Malhoa, ver os power rangers ao Domingo, e no resto da semana ocupar as tardes com o Batatoon. A geração que teve um tamagotchi e que o deixou morrer vezes sem conta. A geração que teve um furby, um tapete com estradas, carros telecomandados com fios, a geração que comprava cassetes de música e ouvia-as no seu walkman com auscultadores. A geração que comprava CDS e que ouvia no discman, e que em todas as visitas de estudo se fazia acompanhar do pack com 145479 CD's. A geração que usava disquetes para guardar tudo o que podia, mas em que uma disquete só dava pra guardar cinco fotos. A geração que jogava solitário e pinball 3D no Windows 97, e fazia desenhos no paint para se entreter. A geração que os jogos que mais jogou foi o Tetris e o Super Mario, mas também o Sonic, Crash Bandicoot, e o momento alto foi quando inventaram o Eye Toy.
A geração que chegava a casa e ia escrever no diário, que trocava tardes agarradas ao computador para ir descobrir o mundo com os amigos, que a ordem era ter os joelhos esfolados e unhas com terra porque era engraçado fingir que a terra erra barro. A geração que fez o seu próprio herbário, e que colava DOT's na televisão ingenuamente. Somos a geração da alegria, a geração millennials, a geração que sonha com os pés no chão, e de olhos bem abertos. A geração que sente uma saudade que não cabe dentro do corpo, que recorda com uma nostalgia agridoce a sua infância, que foi há tão pouco, mas ao mesmo tempo, há tanto.
Somos a geração que quer o mundo, mas que o mundo não os quer a eles.
Comentários
Enviar um comentário
As tuas palavras também contam