Que se lixem as comédias românticas. Que se lixem os filmes com finais felizes que me fazem acreditar que tudo é possível. Que se lixem essas frases clichê, que já se tornaram senso comum. Felicidade é algo relativo. E que talvez nem exista. O que é possível são níveis menores de melancolia. E não importa o que eu faça, ainda existe dentro de mim uma sensação de vazio. Isso não nos é contado nos contos de fada quando somos crianças. As histórias só nos fazem sonhar em encontrar uma pessoa que goste das mesmas coisas que nós, que nos olhe de forma diferente, que se apaixone por nós. A verdade, que ninguém conta, é que o amor é uma droga. Os romances correm muito bem até que se instale o "amor". Esse sentimento agridoce destrói as relações, acaba com corações e muda-nos de uma forma avassaladora. O amor é tudo e é o nada. O amor é um buraco negro que nos suga lentamente, e o pior é que gostamos dessa sensação. Até que caimos directamente no buraco. Buraco íngreme, buraco escuro, buraco solitário. Sem nenhuma corda para mos puxar, sem nenhuma voz para acalmar o coração. E, quando saímos, somos diferentes. Racionais, frios, inquietos. Somos todos emocionalmente retardados. Deixamos de sentir, evitamos o amor, e quando ele chega, não estamos preparados. Ninguém quer perceber que comédias românticas são o género mais ficcional existente. Ninguém está preparado para perceber que o amor é imperfeito e, muitas vezes, inexistente.
A mim não me interessa ser famosa, não me interessa ser reconhecida, nem saber que sabem o meu nome. Não é isso que me alimenta o ego, não tenho necessidade de ser adorada, nem idolatrada, ou whatever. Interessa que aqueles que eu gosto, gostem de mim e confiem em mim, pois isso sim, me trás felicidade. Julgar sem conhecer é fácil e está à mão de todos, mas se não conheces e falas, concerteza não tens o privilégio de conhecer. Os meus amigos conto-os pelos dedos, e esses, guardo-os a todos no coração. Para o resto do mundo sorrio, mesmo que de volta receba um pontapé. E é isso.
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