Procurei-te. Sim, é verdade. Na altura em que o teu silêncio
feria mais que ferro quente no meu peito, e matava-me, lentamente. Procurei o
teu nome, o teu cheiro, a tua camisa, procurei todos os vestígios de ti. Tinhas
o cuidado de deixar sempre um rasto por onde passavas. Típico teu e de meninos
como tu, que colecionam jarras de corações. Aparecias em todo o lado, e eu
procurava-te sem te encontrar, mesmo que estivesses à minha frente. Chegava a
sentir repulsa por pisar o mesmo chão que tu, por saber que pousavas o teu
olhar em mim, mas mesmo assim, preferias ficar no teu tão acostumado silêncio,
sentindo-te importante e galando a pêga mais próxima e fácil que encontrasses.
Estúpida, eu, por pensar que poderia ser diferente. Foi ao tomar realmente consciência
da pessoa que eras, que um enorme alívio me invadiu. Afinal de contas, podia
esquecer-te tão facilmente como um estalar de dedos, sem qualquer tipo de
remorso, apenas com a certeza de que pessoas como tu não me merecem qualquer
tipo de atenção da minha parte. Mas sabes a moral da história? What goes
around, comes around.
A mim não me interessa ser famosa, não me interessa ser reconhecida, nem saber que sabem o meu nome. Não é isso que me alimenta o ego, não tenho necessidade de ser adorada, nem idolatrada, ou whatever. Interessa que aqueles que eu gosto, gostem de mim e confiem em mim, pois isso sim, me trás felicidade. Julgar sem conhecer é fácil e está à mão de todos, mas se não conheces e falas, concerteza não tens o privilégio de conhecer. Os meus amigos conto-os pelos dedos, e esses, guardo-os a todos no coração. Para o resto do mundo sorrio, mesmo que de volta receba um pontapé. E é isso.
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