E se perguntassem o que vem a ser o certo, Ela olharia com a cabeça torta, como a de um cão quando parece não compreender o que se passa. Aquele olhar penetrante, de quem tem sede de entender realmente como as coisas são. Talvez ela não soubesse amar, pois mais um amor tinha ido embora. Nessa imensa individualidade, onde ninguém a podia entristecer, acabavam por nascer espinhos. Espinhos para picar quem se tentasse aproximar. O medo da mágoa não deixava que lhe tocassem, ou então havia medo porque ainda não tinham tocado fundo o suficiente para que não houvesse lugar para ele. Ela já estava habituada a isso tudo. Habituada e fria, porque depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado. A maquilhagem borrada em volta dos olhos, tinha sido limpa na noite anterior. Agora os seus olhos apenas denotavam cansaço e...desilusão. Estava cansada de construir sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão, ter de destruir uma por uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes. Era mais um fim sufocante.
A mim não me interessa ser famosa, não me interessa ser reconhecida, nem saber que sabem o meu nome. Não é isso que me alimenta o ego, não tenho necessidade de ser adorada, nem idolatrada, ou whatever. Interessa que aqueles que eu gosto, gostem de mim e confiem em mim, pois isso sim, me trás felicidade. Julgar sem conhecer é fácil e está à mão de todos, mas se não conheces e falas, concerteza não tens o privilégio de conhecer. Os meus amigos conto-os pelos dedos, e esses, guardo-os a todos no coração. Para o resto do mundo sorrio, mesmo que de volta receba um pontapé. E é isso.
Comentários
Enviar um comentário
As tuas palavras também contam