E ali ficámos os dois, lado a lado, ambos fechados nos nossos pensamentos. Eu a pensar em ti, como se estivesses do outro lado do globo. E tu a pensar..bem, isso não sei. Secalhar eu não te entendo, nem tu mesmo. Secalhar tu também não me entendes, é difícil, eu sei. Falo pouco, por medo. O passado também me persegue e o medo acaba por me consumir, por vezes. Chego a ter medo de perder algo que nem sequer me pertence. O medo do desconhecido é enorme, talvez por isso tenha receio sempre que olho para ti. Sei da história, sei do passado, e chegam a faltar-me as forças para te fazer confiar em mim. Pior, falta-me a coragem para não te largar mais.
Estou de volta por aqui. Nunca abandonei totalmente este meu cantinho, mas com o passar dos anos veio o desleixo. As redes sociais e o meu trabalho nelas, fizeram com que me dissociasse das palavras e até dos livros. A realidade é que me tenho sentido vazia. Aquele sentimento de que nada faz sentido, o desprazer pelo trabalho, pelas tarefas do dia-a-dia, hobbies, pela vida, até. Apesar de pouco ou nada falar disto, sempre tive tendência para a depressão, a juntar à ansiedade que foi agravando nos últimos anos. O silêncio e o isolamento sempre foram a forma que usei para "lidar" com a situação. Nunca pedi ajuda, sempre achei que era tudo sinal de fraqueza e com ela vinha a vergonha de falar com quem quer que fosse sobre como me sentia. Até porque a dificuldade em explicar por palavras é sempre gigante. Se por acaso me perguntarem porque estou triste, apenas consigo responder "não sei, é por tudo". Sinto que não me consigo fazer entender, e isso deixa-me ainda pior. A...

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