Surpreendentemente, ainda conseguia dar por mim a desculpar-te, a desdobrar-me em passar paninhos quentes nas tuas atitudes, ou falta delas. Ainda pensava que talvez te conseguisse fazer ver certas coisas e a importância delas, que ia conseguir curar algumas feridas e que tudo ia melhorar. Depois, obriguei-me a dar um passo atrás, a ver o quão estúpida fui, a pensar com a razão e não com o coração, porque de facto, mereço o que não consegues, não podes ou não queres dar. Porque o amor move montanhas, e o teu nem a porta do café, porque se fosse realmente importante não havia espaço para orgulhos estúpidos, todos os dias seriam importantes e eu faria parte de todos eles. Entenderias que estar perto não significa necessariamente estar junto, e que a pior distância, é a das almas quando o corpo está perto. Então, saí de cena e voltei finalmente a encontrar-me. Coloquei-te no pretérito imperfeito, e contigo todas as lembranças. Percebi que o caminho é certo quando não tenho mais vontade de olhar para trás. Encontrei-me, finalmente. E estou muito bem.
A mim não me interessa ser famosa, não me interessa ser reconhecida, nem saber que sabem o meu nome. Não é isso que me alimenta o ego, não tenho necessidade de ser adorada, nem idolatrada, ou whatever. Interessa que aqueles que eu gosto, gostem de mim e confiem em mim, pois isso sim, me trás felicidade. Julgar sem conhecer é fácil e está à mão de todos, mas se não conheces e falas, concerteza não tens o privilégio de conhecer. Os meus amigos conto-os pelos dedos, e esses, guardo-os a todos no coração. Para o resto do mundo sorrio, mesmo que de volta receba um pontapé. E é isso.
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