Às vezes acho que ando sempre a bater na mesma tecla, mas só até que não desabafe e diga tudo o que tenho a dizer. Nem que seja numa medíocre pagina de internet, que mal alguém lê, mas aqui ando a descarregar um pouco das minhas frustrações para o mundo. Mal ou bem. É que ultimamente ando a bater com a cabeça na parede, mais vezes do que devia, dei numa de seguir uma cena de um filme "se tens que bater com os cornos na parede, ao menos que seja a toda a velocidade". Há o choque inicial, mas passa logo. Realmente aconselho, é bem melhor que ir batendo devagarinho, e prolongar a dor. Bates com força, esfregas a cabeça, e continuas. Mas uma coisa aprendes: não bato mais naquela parede. Não quer dizer que não vás, depois, bater noutras. Isso aí já fica por tua conta e risco. Ás vezes pensas que é esponja, mas no fim apercebeste que é betão. Ou melhor, finges acreditar que é esponja só para te desculpares do erro que já sabes que vais cometer. Depois ris-te, e vês que a tua intuição estava certa, mas tu, que de factos és feita, tinhas de ir cair no precipício, para teres a certeza que ele estava mesmo lá.
Estou de volta por aqui. Nunca abandonei totalmente este meu cantinho, mas com o passar dos anos veio o desleixo. As redes sociais e o meu trabalho nelas, fizeram com que me dissociasse das palavras e até dos livros. A realidade é que me tenho sentido vazia. Aquele sentimento de que nada faz sentido, o desprazer pelo trabalho, pelas tarefas do dia-a-dia, hobbies, pela vida, até. Apesar de pouco ou nada falar disto, sempre tive tendência para a depressão, a juntar à ansiedade que foi agravando nos últimos anos. O silêncio e o isolamento sempre foram a forma que usei para "lidar" com a situação. Nunca pedi ajuda, sempre achei que era tudo sinal de fraqueza e com ela vinha a vergonha de falar com quem quer que fosse sobre como me sentia. Até porque a dificuldade em explicar por palavras é sempre gigante. Se por acaso me perguntarem porque estou triste, apenas consigo responder "não sei, é por tudo". Sinto que não me consigo fazer entender, e isso deixa-me ainda pior. A...

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