Funciono tipo marioneta. Levanto-me à mesma hora, despacho-me, pego no carro e vou à minha vida. Sorrio, aceno e dou os bons dias a quem partilha comigo o mesmo espaço de trabalho. Sorrio como se um invisível fio estivesse ligado aos meus músculos faciais. Os olhos esses, continuam fundos e vazios. Baços e sem expressão. O inverno veio mais cedo, a tempestade instalou-se, a chuva cai incessante. É inferno, aqui. Quando é que me vens buscar?
A mim não me interessa ser famosa, não me interessa ser reconhecida, nem saber que sabem o meu nome. Não é isso que me alimenta o ego, não tenho necessidade de ser adorada, nem idolatrada, ou whatever. Interessa que aqueles que eu gosto, gostem de mim e confiem em mim, pois isso sim, me trás felicidade. Julgar sem conhecer é fácil e está à mão de todos, mas se não conheces e falas, concerteza não tens o privilégio de conhecer. Os meus amigos conto-os pelos dedos, e esses, guardo-os a todos no coração. Para o resto do mundo sorrio, mesmo que de volta receba um pontapé. E é isso.
Comentários
Enviar um comentário
As tuas palavras também contam