A solidão sempre foi a minha melhor amiga. Sempre me guiou, e sempre me disse o que fazer, em cada situação. Brinquei, chorei, sorri, fugi, corri, respirei o amanhecer e contemplei o pôr do sol, e éramos só nós. Acho que nunca precisei de ninguém, apenas dela. Foi a minha sombra, a minha bóia e o meu refúgio. Foi cúmplice de todas as aventuras, e guardou segredos que sempre assim permaneceram. Só nela pude confiar em pleno, só ela me conhece, de corpo e alma. Respeitou o meu silêncio, suportou os meus gritos, apaziguou os meus devaneios, e fá-lo há um quarto de século, tendo em troca o mais sagrado dos retornos: a lealdade.
A mim não me interessa ser famosa, não me interessa ser reconhecida, nem saber que sabem o meu nome. Não é isso que me alimenta o ego, não tenho necessidade de ser adorada, nem idolatrada, ou whatever. Interessa que aqueles que eu gosto, gostem de mim e confiem em mim, pois isso sim, me trás felicidade. Julgar sem conhecer é fácil e está à mão de todos, mas se não conheces e falas, concerteza não tens o privilégio de conhecer. Os meus amigos conto-os pelos dedos, e esses, guardo-os a todos no coração. Para o resto do mundo sorrio, mesmo que de volta receba um pontapé. E é isso.
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