"Não te esqueças de mim" - disse, com um sorriso nos lábios. Não sabia quando seria o re-encontro, mas lá no fundo, ela sabia que podia ser a última vez. Não queria aproximar-se desse pensamento, que tanto a atemorizava, mas sendo uma rapariga com os pés assentes no chão, não podia deixar de ter essa ideia constantemente a passear pela sua mente. Sem se aperceber, e sem querer dar a mão à palmatória, ele tinha-a desarmado. Estava na sua mão, sem que ela o pudesse evitar. Foi acontecendo. E ela deixava - que remédio - assistindo a tudo do lado de fora. Dizem que o amor é permitir que a outra pessoa nos possa destruir por completo, mas confiar que isso não vai acontecer. O problema é que também nos deixa completamente vulneráveis. A nossa armadura cai e ficamos na mão de quem nos tem. Isso aconteceu, mas tu não estavas nem aí porque sempre foste de teimas. E se der para o torto? "Não faz mal, eu resolvo sozinha". E assim foi.
Estou de volta por aqui. Nunca abandonei totalmente este meu cantinho, mas com o passar dos anos veio o desleixo. As redes sociais e o meu trabalho nelas, fizeram com que me dissociasse das palavras e até dos livros. A realidade é que me tenho sentido vazia. Aquele sentimento de que nada faz sentido, o desprazer pelo trabalho, pelas tarefas do dia-a-dia, hobbies, pela vida, até. Apesar de pouco ou nada falar disto, sempre tive tendência para a depressão, a juntar à ansiedade que foi agravando nos últimos anos. O silêncio e o isolamento sempre foram a forma que usei para "lidar" com a situação. Nunca pedi ajuda, sempre achei que era tudo sinal de fraqueza e com ela vinha a vergonha de falar com quem quer que fosse sobre como me sentia. Até porque a dificuldade em explicar por palavras é sempre gigante. Se por acaso me perguntarem porque estou triste, apenas consigo responder "não sei, é por tudo". Sinto que não me consigo fazer entender, e isso deixa-me ainda pior. A...

Amei :))
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